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Era uma vez, em um tempo distante, um garoto magro, muuuito magrinho, e por mais absurdo que possa parecer, estou falando de mim mesmo! Sim, senhoras e senhores, acredite quem quiser, mas já fui absurdamente magro um dia e tudo o que eu sonhava era engordar. Anos depois e com o sonho PLENAMENTE realizado, me recordo dessa época remota para contar minha historia.

Eu era apenas um garoto e estudava no Liceu Salesiano, um conhecido colégio de padres em Campinas (o mesmo onde posteriormente seria gravado o seriado "Sandy e Junior", você provavelmente já o viu pela TV). Pois bem, por ser um colégio católico, salesiano, tínhamos orações diárias, missas em dias santos e aulas de religião onde aprendi tudo sobre Dom Bosco e São Domingos Sávio, aliás, toda essa obrigatória rotina religiosa infelizmente me fez adquirir na época verdadeira aversão à Igreja. Por indicação dos professores de religião, eu tive muitas vezes que ler livros de um cara chamado "Pe. Zezinho", e assim eu fazia. Contra minha vontade, mas fazia.

Veja como a vida dá voltas absurdas: anos depois, já adolescente, estudando numa "boa" escola do Estado, feliz e contente por estar desobrigado da religião, algo aconteceu que transformou minha vida e a dividiu em 2 partes. Foi quando tive minha experiência com Deus, através da Renovação Carismática Católica. De anti-religioso, me transformei em "irmão carismático" com bíblia e terço em punho, sócio de grupos de oração de segunda a segunda e um inseparável vidrinho com água benta no bolso.
Ahhhh! O começo da caminhada… Parece que a gente quer viver toda a experiência da espiritualidade em um único dia... A sede de conhecimento era muita e logo corri para os coordenadores do meu grupo para que me indicassem bons livros onde eu pudesse aprender mais sobre Deus e a religião. Indicaram-me coisas maravilhosas, livros que guardo com carinho até hoje, muita gente legal! Foi meu primeiro contato com Pe. Jonas, Pe. Degrandis, etc... Mas aí eu me perguntei: "E o tal do Pe. Zezinho??? Ele não é famoso?? Porque ninguém cita o cara?" A resposta veio rápida através dos coordenadores: "Xiiii... O Pe. Zezinho é da Teologia da Libertação, o Pe. Zezinho não é legal, o Pe. Zezinho isso, aquilo, blá blá blá..."
Eu, garotão ainda, cegamente seguidor dos coordenadores da minha comunidade, num instante incorporei o slogan "Pe. Zezinho é xarope". E assim foi...

Em 1989 (eu acho) fomos ao Morumbi em São Paulo, não para ver meu Bugrão (Guarani F. C.) brilhar no gramado, mas para participar do Cenáculo (dia de louvor com mais de 100.000 pessoas, que geralmente acontecia no dia de Pentecostes). Já era meio da tarde quando entrou um padre que iria falar sobre Maria, a mãe de Jesus. Para a minha surpresa era justamente o Pe. Zezinho. Pensei comigo: "Nossa, olha quem surgiu das trevas!! O xarope!!!". Surpresa geral!! Ao fim da pregação, ao som de "Maria de Nazaré" de autoria do próprio Pe. Zezinho, estava eu ali, primeiramente sentado com a boca aberta, depois em pé, aplaudindo! Nunca na minha vida ouvi alguém falar de Maria (Maria não, meu amigo, Nossa Senhora!!!) daquela forma. Virei-me para os meus coordenadores e disse: "Poxa!!! E ele nem é carismático!!!".

LIÇÃO 1: Pe. Zezinho está longe de ser um cara xarope, suas palavras tem conteúdo pra caramba e aprendi a questionar mais as coisas que ouço por aí.

Nove anos mais tarde, em 1988, meu ministério, o Rosa de Saron, já estava consolidado e acabara de lançar o segundo CD, Angústia Suprema. Nesse momento o rock começava a ganhar força na Igreja, participávamos de grandes eventos e na mesma proporção em que isso empolgava algumas pessoas, passou também a incomodar outras tantas. Muitos irmãos se voltaram contra nós, nos criticando e pondo em dúvida a eficácia do nosso trabalho. Para mim foi uma época difícil, pois eu estava pronto para ser perseguido pelo mundo, mas não por aqueles que estavam do mesmo lado que eu. Foi uma grande desilusão pra mim, pois sempre nos empenhamos, trabalhamos duro por nosso ministério, me sentia injustiçado. Mas, então, Deus encontrou, como sempre, Sua maneira de me confortar e nos motivar. Pe Zezinho, após receber das mãos de Eraldo Mattos alguns CDs da CODIMUC, entre eles o Angústia Suprema, publicou um artigo entitulado "Guitarras de Deus". Nesse artigo, ele elogiava nosso trabalho, nossa ousadia, alem de elogiar também outros trabalhos como o do Cristoatividade e Iaweh. Para mim, o endosso de alguém do porte do Pe. Zezinho, tão importante para a música católica, um cantor de estilo completamente diferente do nosso, era como um certificado de que nossa causa era justa. Surpresa geral Parte II - A missão.

LIÇÃO 2: Pe Zezinho tem a mente aberta, assim como deve ser o católico.

Porém, minha história não termina aqui. Dois anos depois, Deus queria mais, queria nos depurar, nos restaurar e permitiu que experimentássemos outro momento complicado. O Rosa havia trocado de vocalista, estávamos sem gravar, sem nos apresentar em eventos e corria o boato que a banda havia terminado. Precisávamos "aparecer", ser vistos, as pessoas precisavam saber que não havíamos desistido do nosso chamado, pois quando você abre mão de um chamado autêntico, é uma grande derrota no céu.
Consegui o celular do Pe. Zezinho, liguei, ele mesmo atendeu, foi extremamente receptivo, atencioso e nos convidou para gravar com ele um de seus programas de TV. Nunca imaginei que seria tão fácil.
A grande ironia é que no momento em que sentíamos dificuldades em conseguir divulgar nosso trabalho, o espaço surge mais uma vez de onde jamais imaginávamos. Assim sendo, Pe. Zezinho me prega uma terceira e marcante surpresa.

LIÇÃO 3: Pe Zezinho tem o coração aberto. Realmente ele não é da Renovação Carismática, é bem verdade... Ele é, acima de tudo, Igreja Católica!!

Bom (prometo que estou terminando, agüente firme só mais um pouco)... Há bem pouco tempo atrás, agora com nosso ministério vivendo uma boa fase, Pe. Zezinho aparece no "Academia do Som", um programa sobre música da TV Canção Nova, muito assistido, e fala, conta histórias e de repente, ao vivo, ele menciona o trabalho do Rosa de Saron e o qualifica de espetacular. Claro que eu fiquei feliz com isso, feliz pelo meu ministério, mas o que eu fiquei mesmo foi impressionado, porque como todo mundo sabe, ele apadrinha vários cantores e bandas nas Paulinas (gravadora dele), então, quando ele tem um espaço importante dentro da mídia religiosa, ele abre mão de fazer "seu comercialzinho" e publicamente faz propaganda de um grupo que não tem nenhum vínculo formal com ele, um grupo de uma gravadora que não é a dele!

Só para não perder o hábito, vou repetir: "Pe. Zezinho me surpreendeu de novo". Estou até pensando em mandar um e-mail para a Nestlé sugerindo uma coleção de figurinhas do chocolate Surpresa só com fotos do Pe. Zezinho!! (risos)

LIÇÃO 4: Pe. Zezinho fala o que sente e pensa e não o que convêm, ele não é um artista de uma gravadora simplesmente, ele é um ministro de música, é um ministro de Deus, não trabalha para si ou para "seu grupo", trabalha para o Reino. Não compete, agrega.

Todo mundo sabe que ele é um sacerdote culto e inteligente. Acredito que sua principal missão é ensinar muito a nós, católicos, de todos os movimentos. Ele não ensina somente com seus livros, artigos e músicas, mas ensina também com sua postura. Nem sempre concordo com tudo o que ele diz ou escreve, muito pelo contrário, mas até discordar dele é bom, edifica.

Termino (finalmente) pedindo aos carismáticos: conheçam melhor a obra do Pe. Zezinho. Ele tem, além de muitos CDs, vários livros, artigos publicados em revistas e na Internet periodicamente, é muito fácil encontrar, como eu disse antes, você não precisa concordar sempre com ele, mas é bom ouvi-lo.

Ao Pe. Zezinho, caso um dia ele venha a ler esse breve artigo, quero dizer: "o Xarope fui eu"!

 

Rogério Feltrin (Rosa de Saron)
lelo@sigmanet.com.br

  
  
 

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