FALANDO DOS e AOS MÚSICOS
Os temas que aqui transcrevo foram tirados de entrevistas feitas em emissoras de rádio, em retiros ou encontros onde falamos de música e de comunicação. São extratos de conversas que mostram meu conceito sobre música, mídia e canção. Transcrevo aqui porque não foram poucos os que me pediram cópias do que disse sobre o assunto.
OS PADRES CANTORES
Há hoje um grande número de padres que cantam. É bom e é pedagógico. Quem sabe cantar utilize este instrumento na catequese. Mas nós, padres, precisamos tomar cuidado para não supervalorizar esta forma de evangelização. Cantar demais, a qualquer hora e canções que não acrescentam nada, com grupos que tocam mal, com som ruim pode mais prejudicar que ajudar a missão do padre. O fato de ser padre não torna ninguém um cantor da fé. Muitos padres estão cantando sem sequer consultar maestros ou professores de português. Consulto quem entende há mais de 30 anos e ainda assim cometo erros. Imagine quem não conhece os meandros de uma boa gravação de discos. Quem entende de povo e de gosto musical pode e deve ajudar. Alguns arranjos são audivelmente mal feitos. Caem no óbvio. Nada contra que mais padres cantem, desde que saibamos nosso lugar. Onde o leigo poderia fazer melhor, que o leigo cante. Que os leigos nos ajudem. De música eles entendem bem mais do que nós.
AS IRMÃS CANTORAS
Tem sido boa a contribuição das irmãs cantoras e compositoras. Muitas conhecem música e colocam sua feminilidade muito bem naquilo que cantam e escrevem. É muito bom para a Igreja. Mas vale para elas o mesmo que para os padres. Cuidado com o amadorismo. A meu ver seria bom que mais irmãs cantassem. Há mais padres que irmãs cantando. Uma irmã que sabe se conduzir no palco e cante bem ajuda e muito a melhorar o conceito da mulher consagrada. Todo palco é uma vitrine! Timidez excessiva ou exagero só prejudica!
Pe. Zezinho, scj (pezscj@uol.com.br)
www.padrezezinhoscj.com - Taubaté-SP