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O CONCEITO DE CANÇÃO

A primeira coisa que deveríamos estabelecer, ao conversar sobre música e canção religiosa na Igreja é o conceito de canção. Quem junta palavras, ritmos e melodias e as harmoniza numa mensagem que ajude o ouvinte a pensar, sentir e expressar-se, fez uma canção. Quem a canta, também. Cantar é uma excelente forma de comunicação humana. Na Bíblia, a palavra canção é utilizada também para poemas, dos quais, ou se perdeu a memória musical, ou, para os quais, nunca houve uma melodia. Um dos clássicos é o sempre citado Cântico dos Cânticos. Longo e belíssimo é um poema ao qual o autor chama de Cântico. A idéia era a de registrar a maior de todas as canções; a mais excelente canção que já se cantou; o amor de um homem e uma mulher em todas as dimensões. Na Bíblia muitos poemas são considerados hinos e canções; e nós, ao lermos estes textos, nem sequer imaginamos a melodia que possam ter tido. Canção, em termos Bíblicos, tanto pode ser um poema, um trecho poético, um hino, como pode ser uma melodia. O cristão quando fala de canção, está falando de uma literatura bem cuidada e especial, que proclama a beleza da fé, e de maneira bonita, poética, bem elaborada, celebra esta fé.

O CONCEITO DE CANTOR

Toda pessoa que canta uma canção pode ser considerada cantora, mas a palavra cantor ou cantora é atribuída à pessoa que se ocupa muito mais tempo com a canção; seja o amador, que canta muito, mas por diletantismo e sem nenhuma remuneração, ou o profissional que canta e é remunerado por cantar. Existe a profissão do cantor, que em todos os povos têm uma preeminência social muito grande. O cantor tem uma função de pedagogo, de animador e incentivador do povo, de profeta da alegria, da festa, da dança, mas também de profeta da dor, dos sentimentos, das esperanças e da mágoa de um povo. Se for preciso faz-se bardo, trovador, cantor de ruas e de estradas, bobo da corte. Mas, ao cantar, quer mexer com as pessoas. Nenhum cantor canta um canto indiferente. Ele transforma em canções a vida e o cotidiano do povo e, suas canções servem como discurso político, religioso, ou social. Por isso, todas as vezes que nos referimos aos cantores estamos falando de cidadãos que, através da harmonia entre a palavra e a canção, motivam o povo. A missão do cantor que se leva a sério é uma das missões mais importantes do ser humano. A canção pode não ser a coisa mais importante numa vida, mas as canções de um povo têm um significado social muito profundo. Ninguém deveria cantar por cantar: trata-se de uma missão social, política e espiritual. De certa forma, todo cantor de músicas profanas ou religiosas é um missionário. Paul Anka com o seu My Way, Chico Buarque com o seu A Banda, John Denver com Perhaps Love e tantos outros cantores como Milton Nascimento e Roberto Carlos com suas canções que elevam o ser humano fizeram um excelente trabalho missionário. Mostraram um dos lados densos da vida. São e foram profetas. Somos cantores como os outros mas não cantamos como qualquer outro. Cremos que Deus nos ouve quando cantamos. Um dos nossos ouvintes é o criador do Universo. E isso explica porque os cantores religiosos gostam tanto dos cantos de louvor e de súplica!

O CONCEITO DE CANÇÃO RELIGIOSA

Existem bilhões de canções. Todos os anos são gravados, no mundo inteiro, milhares de CDs ou fitas e milhões de canções. As pessoas, através destas canções expressam sua criatividade, seus sentimentos, seu desejo de comunicar alguma coisa. Nem todo mundo que canta tem qualificação para cantar ou pode ser chamado de cantor; mas a maioria das pessoas que cantam merecem respeito pela sua boa vontade de traduzir em canção um sentimento próprio, ou um sentimento dos outros. A canção religiosa situa-se no campo do anúncio e da evangelização. É impossível imaginar alguém cantando uma canção religiosa por qualquer outra razão que não seja o anúncio do Evangelho e o serviço aos irmãos.

Seja penitencial, de súplica, de ação de graças, de louvor, de intercessão ou de mensagem social, política, ou religiosa, qualquer que seja o gênero, a canção se presta como instrumento de evangelização. Só se pode falar em canção religiosa quando ela celebra o cotidiano das pessoas, a vida de todos e coloca num contexto de anúncio, se preciso de denúncia, mas certamente de serviço à causa do Evangelho.

Não tem que ser sacra, não tem que ser litúrgica, não tem que ser de mensagem; pode ser todos os três ao mesmo tempo, e pode ser apenas de mensagem, apenas sacra, apenas litúrgica. Desde que ajude alguém a refletir sobre a fé ou a anunciar a fé, ela se torna uma canção religiosa.

Onde vai ser aplicada, já são outros quinhentos, porque nem toda canção religiosa pode ser cantada numa missa e nem em qualquer palco; há lugares onde não se deve cantar uma canção religiosa. - Não jogueis vossas pérolas aos porcos, disse Jesus. (Mt 7,6) Ele estava falando de pregar do jeito certo e nos lugares certos.

O CONCEITO DE CANTOR RELIGIOSO

Cantor religioso é todo aquele que se sentiu chamado a anunciar Jesus através da arte da canção. Não é que ele só faça isso na vida; a maioria dos cantores religiosos também prega, também celebra, também escreve, também faz rádio ou jornal, ou revista ou televisão e, pelo menos noventa e oito por cento de seu tempo, conversa e fala; mas existe um momento especial no qual estes cristãos atuam como cantores.

Naquele momento, quem canta exerce sua profecia peculiar, anunciando a graça de Deus e a palavra de Deus em canções. É um ministério maravilhoso e não pode ser açambarcante nem totalizador na vida de ninguém. Nenhum cristão deve viver apenas para cantar, mas se for chamado a cantar, deve fazer de sua canção um subsídio precioso à sua pregação religiosa.

Todo cantor religioso, em primeiro lugar tem que ser religioso; em segundo lugar tem que ser missionário e, no caso dos cristãos, tem que ser um cristão que serve, que prega, que celebra e que, quando solicitado, canta. A canção não pode ser a principal coisa na vida nem mesmo do cantor religioso: se viver para a canção estará vivendo errado. Há coisas mais importantes na vida de um cristão do que apenas cantar.

Deus existe, compôs e continua compondo a sinfonia do universo. O Criador é compositor e cantor. Andamos em boa companhia!

 

Pe. Zezinho, scj (pezscj@uol.com.br)
www.padrezezinhoscj.com - Taubaté-SP

  
  
 

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