O Papa Bento XVI mostrou, na tarde de quinta-feira, 30 de abril, como "a música se converte verdadeiramente em oração, abandono do coração em Deus", no discurso de agradecimento que pronunciou ao concluir um concerto realizado no Vaticano por ocasião do 4º aniversário de seu pontificado. As composições musicais, oferecidas ao Papa pelo presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, na Sala Paulo VI, foram interpretadas pela Orquestra Sinfônica e o Coro Sinfônico de Milão "Giuseppe Verdi", dirigidos respectivamente pelas maestras Xian Zhang e Erina Gambarini.
Sentado no centro da Sala, junto ao presidente italiano e sua esposa, o Papa escutou a "Sinfonia número 95" de Franz Joseph Haydn – de quem se celebram os 200 anos de falecimento; a "Haffner", de Wolfgang Amadeus Mozart; o "Magnificat em sol menor" de Antonio Vivaldi; o famoso "Ave Verum Corpus", também de Mozart, que suscitou o comentário conclusivo do Santo Padre. Nesta composição musical, disse no discurso de agradecimento o Papa Joseph Ratzinger, grande admirador de Mozart, "a meditação dá lugar à contemplação: o olhar da alma se detém sobre o Santíssimo Sacramento para reconhecer o Corpo do Senhor, o Corpo que foi verdadeiramente imolado na cruz e do qual surgiu o manancial da salvação universal". | |
"Mozart compôs este motete pouco antes de morrer, e nele se pode dizer que a música se converte verdadeiramente em oração, abandono do coração a Deus, com um sentido profundo de paz", assegurou o bispo de Roma.
O Papa agradeceu ao presidente napolitano por esta homenagem, que "conseguiu amplamente não só gratificar o sentido estético, mas ao mesmo tempo alimentar nosso espírito e, portanto, estou duplamente agradecido".
Ao iniciar o 5º ano de pontificado, o Papa pediu aos presentes: "Lembrai-vos de mim em vossas orações, para que eu possa cumprir sempre com meu ministério como quer o Senhor".
Fonte: ZENIT