Uma pesquisa feita na Rússia com 700 músicas populares de heavy metal revelou que o conteúdo das letras passa primordialmente por assassinato, satanismo e suicídio.
O trabalho, conduzido pelo Centro de Pesquisa Serbsky para Psiquiatria Social e Forense, concluiu que 50% das faixas versa sobre homicídio. Em segundo lugar, vêm diversas ideologias satanistas, com 35%. Suicídio é tema principal em 7% do total. As informações foram publicadas pela agência de notícias russas Interfax.
O professor Fyodor Kondratyev, responsável pela pesquisa, disse que, segundo a Associação de Educação Nacional Norte-Americana, 6.000 jovens norte-americanos morrem ao ano por influência de faixas do gênero. Kondratyev disse que o metal é popular entre jovens pertencentes a famílias problemáticas, que procuram "uma vingança contra a sociedade". O professor afirmou que há cinco grandes grupos de satanistas só em Moscou atualmente, com um total de 1.000 membros, e disse que nos últimos cinco anos 20 pessoas foram assassinadas em rituais. Em outubro de 1984, o cantor Ozzy Osbourne foi acusado pelos pais de um garoto que se suicidou depois de escutar a música "Suicide solution". Ozzy foi inocentado pela Justiça. | Ozzy Osbourne foi acusado por sua música "Suicide solution", mas foi inocentado
|
Por outro lado, uma pesquisa divulgada recentemente constatou que o estilo preferido dos superdotados do Reino Unido é o heavy metal, que encontram neste som visceral uma forma de catarse, segundo uma enquete feita entre estudantes da Academia Nacional para Jovens de Talento.
Grupos de rock pesado como Slayer e Slipknot estão entre os favoritos entre os maiores intelectos do país, que parecem gostar também das letras com mensagens políticas e de forte carga emocional.
Uma pesquisa feita entre estudantes da academia, à qual têm acesso apenas 5% dos jovens com mentes mais brilhantes do país, revela a predileção destes pela "brutalidade visceral" do "heavy metal".
Mais de um terço dos entrevistados incluiu o "heavy metal" entre seus estilos favoritos.
Os responsáveis pela pesquisa reconheceram sua surpresa ao ver que os estilos menos populares entre os superdotados eram os que tradicionalmente são associados às mentes mais privilegiadas, como jazz e música clássica.
O responsável pela pesquisa, Stuart Cadwallader, da universidade de Warwick, disse que os resultados obtidos mostram que estes jovens encontram no "heavy metal" uma espécie de "catarse", de forma particular os que, apesar da inteligência superior, têm baixa auto-estima.
Esse tipo de música agressiva serve também para que canalizem suas frustrações e insatisfação, disse Cadwallader, em conferência realizada na British Psychological Society, na cidade inglesa de York.
De acordo com Cadwallader, "as pressões associadas à condição de superdotado talvez possam ser esquecidas, temporariamente, com a ajuda desta música".
Fonte: G1 - Globo.com