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O Portal da Música Católica tem recebido centenas de e-mails de internautas de todo o Brasil querendo as cifras, MP3 e MIDIs das músicas da Campanha da Fraternidade deste ano de 2006.

O objetivo maior é tocar as canções nas missas, como o costume.

O MINISTÉRIO DAS ARTES CATÓLICAS ADVERTE: NÃO É MAIS NECESSÁRIO CANTAR AS MÚSICAS DA CF NAS MISSAS E CELEBRAÇÕES!

Somente o hino da campanha (uma única música) poderá ser entoado durante a quaresma nas sagradas eucaristias.

Hino da CF 2006 (formato WORD) || Hino da CF 2006 (formato PDF)

Como assim?!?! Em 2004 os bispos da CNBB entenderam (com a graça de Deus!) que os cantos de todas as campanhas não são litúrgicos e não cabem nas missas e celebrações.

Para entender perfeitamente, leia a matéria abaixo, divulgada pela CNBB:

 

Hino da Campanha da Fraternidade e cantos quaresmais
(Brasília-DF, 06/03/2006)


O Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP), em reunião na sede da CNBB, em Brasília, no ensejo da avaliação dos 40 anos da Campanha da Fraternidade (CF), decidiu no dia 24 de agosto de 2004 que, a partir do ano de 2006, cada CF terá apenas um hino alusivo ao seu respectivo tema, ao invés de uma “missa” inteira; e que os cantos para as celebrações da Palavra e da Eucaristia durante o tempo quaresmal serão extraídos do Hinário litúrgico da CNBB.

Diversos motivos levaram os bispos a tomarem esta decisão. Uma ‘nova’ missa temática a cada ano, no período litúrgico da quaresma, compromete seriamente o uso de um repertório bíblico-litúrgico quaresmal, como pede o Magistério da Igreja (cf SC 121). ‘Repertório’ supõe repetição, memória, tempo hábil para sua assimilação. O esquema anterior das “missas da CF” tinha o inconveniente de os textos dos cantos estarem direcionados a um “tema”, tornando inadequada sua repetição no ano seguinte.

Houve apelos insistentes de bispos, presbíteros, músicos e liturgistas junto à CNBB para que fosse valorizado mais na liturgia o repertório de cantos quaresmais já existentes e que, ao invés de nova “missa temática” a cada quaresma, se fizesse apenas um hino alusivo ao tema de cada CF. De fato, o expressivo repertório bíblico-litúrgico quaresmal produzido nas últimas décadas acabava ficando de lado.

Como aproveitar melhor o hino da Campanha da Fraternidade
e o repertório de cantos quaresmais?

A partir de 2006, portanto, o CD da CF trará o hino e o repertório quaresmal correspondente a cada ano. O hino poder ser executado em algum momento (mais adequado) da celebração, a critério da equipe de celebração e de quem preside. Por exemplo, em algum momento da homilia – o que facilitará a vinculação da liturgia da palavra com a vida (tema da CF) – ou nos ritos finais, no momento do envio.

Vale lembrar que o lecionário dominical – embora trazendo nos dois primeiros domingos dos anos A, B e C o mesmo conteúdo evangélico (Deserto e Transfiguração de Jesus) – propõe três diferentes “itinerários” quaresmais, a saber: No ano A, os evangelhos estão intimamente relacionados com a temática do batismo (“Samaritana”, “Cego de nascença” e “Ressurreição de Lázaro”). No ano B, o acento recai sobre a pessoa de Jesus Cristo (“Expulsão dos vendilhões”, “Encontro com Nicodemos”, “O grão caído na terra”). Por fim, no ano C, a penitência e a conversão aparecem bem evidenciados (cf. parábolas da “Figueira estéril”, do “Filho pródigo” e o episódio da a “Mulher pecadora”).

Enfim, como ajudar os fiéis na assimilação de todo o repertório quaresmal A, B e C? Em primeiro lugar, lembramos que cada comunidade tem o seu ritmo de caminhada. De acordo com suas potencialidades, as equipes de canto e música escolherão o melhor meio para apropriar-se desse rico repertório que virá nos CDs da CF a cada ano. É claro que será necessário um certo tempo para sua total assimilação!

À primeira vista parece que o volume de cantos é grande mas, na prática, não é tanto assim. Talvez os cantos de comunhão levarão mais tempo para sua plena assimilação. Estes, na medida do possível, devem estar ‘afinados’ com o sentido do evangelho de cada domingo. Mesmo assim, nos dois primeiros domingos (“Deserto” e “Transfiguração de Jesus”), os cantos de comunhão poderão ser os mesmos em todos os anos. Os cantos de abertura e oferendas poderão manter-se fixos por um longo tempo. O salmo responsorial e a aclamação ao evangelho não causarão nenhuma dificuldade, uma vez que a assembléia entoa apenas os refrãos, mantendo-se a mesma melodia em quase todos os domingos.

A mudança introduzida não pretende tumultuar o trabalho das equipes de canto e música das comunidades com uma aparente ‘inflação’ de cantos, mas ao contrário, daqui a algum tempo, graças à repetição cíclica, deste repertório litúrgico, todos os fiéis poderão desfrutar da pedagogia e da espiritualidade quaresmal cantando um canto que melhor expresse o mistério de Cristo celebrado e vivido neste “tempo favorável”.


Dom Manoel João Francisco
Bispo de Chapecó
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, da CNBB


Dom Odilo Pedro Scherer
Bispo Auxiliar de São Paulo
Secretário-Geral da CNBB

  
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