Todo mundo pensa, todo mundo fala, mas na hora de agir é aquele caus. Durante toda a nossa vida, várias vezes, vimos e agimos assim. Pregamos algo e na hora de agir, parece que sofremos de uma espécie de amnésia bíblica.
A Bíblia nos alerta assim em Mt 23,3-4.7
"Disse Jesus: Observai e fazeis tudo o que os escribas e fariseus dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem move-los sequer com os dedos ... Gostam de ser saudados nas praças públicas e de serem chamados de mestres pelos homens".
O Senhor nos alerta que para sermos verdadeiros cristãos, devemos sintonizar o que falamos com o modo de agirmos. É semelhante ao que chamamos na música de harmonia.
Será que estamos perdendo a nossa capacidade de testemunhar na vida nossa responsabilidade com o evangelho?
Tenho percebido, nos contatos com meus irmãos músicos, o descaso neste sentido. A começar por mim mesma, percebo o quanto tenho deixado o descaso à palavra de Deus sobrevir-me em várias situações.
Não estou aqui querendo acusar ninguém, nem fazer falso moralismo, mas colocar em diálogo aquilo que de incoerente vejo em mim e naqueles que convivo. Tudo para que seja pleno, em nós, a vontade de nosso Senhor. Apesar de saber que não é nosso o querer e o agir.
Diz a palavra: Cf. Gal. 6, 1-4: "Irmãos, se alguém for surpreendido numa falta, vós, que sois animados no Espirito Santo, admoestai-o em espírito de mansidão. E tem cuidado de ti mesmo, para que não caiais também em tentação! Ajudai-vos uns aos outros a carregar os vossos fardos, e deste modo cumprireis a lei de Cristo. Quem pensa em ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um examine o seu procedimento. Então poderá gloriar-se do que lhe pertence e não do que pertence ao outro".
Estou na caminhada como ministra da música desde 1994 e percebo que as coisas vem melhorando de lá para cá, mas devemos lutar com todas as armas para que nossa convivência seja cada vez melhor. Os músicos são com pontas de lança, que transpassa o alvo para que todo o restante penetre. Por isso devemos estar afiados com a vontade de nosso Senhor.
O ciúme e inveja devem dar lugar à humildade e à colaboração mútua.
Eu sonho em ver os irmãos cada vez mais unidos no amor e na partilha conforme nos instrui a palavra de Deus:
Cf. At 2, 42.44: "Perseveravam eles na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações ... Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum".
Noto que a busca por esta meta tem aumentado no coração dos músicos e organizadores de eventos, mas é preciso prosseguir sempre rumo ao alvo, chamado unidade.
Devemos ter a coragem de sairmos da "mesmice", de nossas "panelinhas" e convidarmos para dividir o palco conosco, também aqueles irmãos músicos que não são tão conhecidos, mas que também tem muito a partilhar e ensinar.
Não nos enganemos pensando que somos os melhores, pois podemos ser surpreendidos pela nossa própria soberba.
Leia Gal. 5, 13-15.26: "Vós irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais (vaidade, exibicionismo). Pelo contrário, fazei-vos servos um dos outros pela caridade, porque toda a lei se encerra num só preceito: amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lev.19,18.). Mas se vos mordeis e vos devorais, vede se não acabeis por destruirdes uns aos outros. Não sejamos ávidos de vanglória. Nada de provocações, nada de inveja entre vós".
Que o Senhor nos abençoe, nos dê sabedoria e discernimento neste ano que se inicia!!!
Cantemos Todos: "QUE SEJA UM É O QUE EU QUERO MAIS... O MEU AMOR É O QUE OS TORNA CAPAZES" (Mensagem Brasil)
Com carinho,