Olá, amigos! A paz de Jesus e o amor da mãe Maria a todos vocês. É um prazer muito grande estar em mais este artigo, desta vez falando sobre a música na Santa Missa.
Você que está começando a ministrar a música nas missas (seja sozinho ou com sua banda) pode adquirir, neste artigo, algumas informações que vão lhe ajudar muito a sair de "enrascadas" e fazer com que sua música dê verdadeiros resultados, estando de acordo com cada momento da celebração eucarística.
Esta coluna também é para você, músico que já está na estrada há algum tempo e ainda busca ouvir a voz de Deus nas canções que toca na missa. Que em cada instante da celebração, a sua voz seja um eco da voz de Deus.
Começamos pelo canto de Entrada - Este deve ser um canto de procissão do celebrante até o altar, que estimule a assembléia a participar da celebração com alegria e sentir que não só o sacerdote sobe ao altar, mas Deus que toma conta de toda a Igreja e deve terminar assim que o celebrante estiver pronto para a saudação inicial. Fiquem atentos!
Ato penitencial - Este canto estimula o povo a invocar o perdão de Deus em comunidade. O canto de perdão deve ser uma súplica em forma de canção, mas ao mesmo tempo a certeza de que Deus já está nos perdoando naquele momento. Deve ser cantado com muita emoção e respeito e é aconselhável que não seja muito longo.
Hino de louvor - É um agradecimento a Deus por todas as maravilhas que Ele faz em nossas vidas. É um hino de glória à Santíssima Trindade e deve ser cantado com muita alegria por toda a assembléia, com bastante animação e acompanhamento de instrumentos como a bateria (lembrando aos bateristas que a missa não é um show e deve ser um acompanhamento), dizendo na letra o louvor ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Salmo Responsorial - Este deveria ser um canto sempre cantado e nunca pronunciado nas celebrações eucarísticas. Pode se interpretado por um solista e o refrão sempre cantado pelo povo. É um canto de resposta à primeira leitura e sua entonação varia de acordo com o momento do salmo. Se o salmo for de agradecimento, indica-se um tom maior. Se for um salmo de súplica, indica-se um tom menor.
Aclamação ao Evangelho - É palavra de Jesus que vem até nós e devemos recebê-la cantando com muita alegria, palmas e mãos para o alto. Nem sempre os cantos de aclamação contém o famoso ALELUIA, mas a alegria em ouvir Jesus falar para nós não pode faltar. Deve ser cantado por toda a Igreja e acompanhado por todos os instrumentos do ministério de música.
Ofertório - Este canto pode ser de entrega da nossa vida sobre o altar. Pode ser um canto que relate o sacrifício de Jesus por todos nós ou, simplesmente, um canto de agradecimento a Deus, interpretado por um solista, devendo acabar assim que o celebrante terminar a preparação do altar.
Santo - Este é um dos cantos mais importantes da missa, pois exalta a santidade do nosso Deus e relembra "aquele domingo" quando Jesus era recebido com louvores, palmas, cantos e ramos em Jerusalém e gritos de "HOSANA AO FILHO DE DAVI!". Devemos cantar da mesma maneira com muitas palmas e bastante alegria, acompanhadas de todos os instrumentos. Alegria, músicos de Deus!
Consagração - Alguns celebrantes gostam que se cante um canto de adoração e meditação após a consagração do Corpo e Sangue de Cristo. Deve ser um canto suave, quase sussurrante, com acompanhamento apenas de poucos instrumentos, como violão ou teclado. Este deve ser bem curto e previamente combinado com o sacerdote. Atenção!
Amém - Vem após a doxologia que só é rezada pelo celebrante (muitas pessoas acham, erradamente, que é bonito rezar com o padre!) e deve ser bastante animado ao som de todos os instrumentos, cantado por toda a assembléia.
Pai Nosso - Deve ser cantado apenas se for um costume da comunidade e com aprovação do celebrante. Os instrumentos devem ser apenas acompanhantes para que toda a igreja participe cantando.
Abraço de Paz - É o canto da alegria e do amor, quando distribuímos a paz que o próprio Jesus nos deu com muitos abraços! Deve ser um canto que fortaleça a amizade e a união de todos na Igreja com bastante entusiasmo e acompanhado por todos. É a paz em forma de música!
Cordeiro de Deus - Se estiver de acordo com a aprovação do celebrante, o Cordeiro de Deus pode ser cantado como um findo suave de reverência e respeito. Lembre-se que este canto não faz parte do canto do Abraço de Paz e deve ser executado a partir do canto Cordeiro de Deus, já nos preparando para a comunhão.
Comunhão - Este canto deve ser cantado por toda a comunidade e deve ter no seu conteúdo a importância de estar em comunidade e de receber o Corpo e o Sangue de Cristo. Serve como uma força que nos impulsiona ao encontro com Deus. É a força de Deus!
Ação de Graças - Após um momento de silêncio e oração, o canto de ação de graças vem em forma de agradecimento a Deus, que já está dentro de nós. Pode ser interpretado, com suavidade, por um solista, como uma oração. Pode-se homenagear Nossa Senhora ou invocar o Espírito Santo neste canto.
Final - É o canto onde o povo é estimulado a evangelizar pelo mundo e voltar mais e mais vezes à casa do Senhor. Se possível, sua letra deve conter o tema da missa do dia ou uma letra que reforce em nós o compromisso com a evangelização. Deve ser bastante animado e levar a todos a vontade de voltar no próximo domingo.
Resta a mim, dizer que espero que estas dicas possa ajudar você e seu ministério. Orem bastante pelo ministério e sempre leve a listagem das canções até o celebrante ou coordenador da missa. No mais, é só deixar Deus cantar através de você com muita alegria.
Deixo um grande abraço de todos da Banda e do Grupo de Oração Deus da Paz e da Paróquia Nossa Senhora da Paz - RJ. Você que quiser vir nos conhecer, o Grupo de Oração Deus da Paz acontece todas as sextas-feiras a partir das 20h na Paróquia Nossa Senhora da Paz (Rua Visconde de Pirajá, 339 - Ipanema - Edifício São Francisco de Assis) e nossa missa acontece aos domingos, às 19h30, com o Padre Jorjão (Deus é Dez).